segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Pirâmide financeira pode ser responsável por ataque hacker que derrubou site de notícias do Brasil


Pirâmide financeira pode ser responsável por ataque hacker que derrubou site de notícias do Brasil
Uma pirâmide financeira de Brasília, que promete rendimentos de até 400% por meio de aplicações em Bitcoin e outros itens, teria sido a responsável por um ataque hacker ocorrido na madrugada de 28 de novembro ao portal de notícias Livecoins, segundo uma apuração independente feita pelo Cointelegraph.
O suposto golpe que já foi impedido de atuar no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, afirma que a autarquia não tem qualquer poder de fiscalização sobre suas atividades e, por isso, destacou que não suspendeu qualquer uma de suas operações.
De acordo com informações, insatisfeitos com matérias publicadas pela portal de notícias que denunciava o golpe, os operadores do esquema teriam iniciado um ataque hacker no início da noite de 27 de novembro. O ataque de negação de serviço ddos, buscava derrubar a página do site e teria começado com cerca de 67 mil requisições de acesso por segundo.
O site chegou a ficar fora do ar por um período, mas no início da noite voltou a funcionar, contudo, durante a madrugada o ataque foi intensificado e, no momento da escrita, o endereço do site retorna um erro, indicando que o site está fora do ar.
No entanto o ataque ao site não seria isolado e outros portais que também publicaram a notícia estariam na mira dos supostos golpistas que, no passado, também teriam atacado outro portal de notícias no Brasil, o Guia do Bitcoin.
Em 2018 o CriptoFácil também foi atacado por hackers e chegou a ficar quase uma semana com o serviço intermitente. No pico do ataque, segundo levantamento, houve mais de 800 mil solicitações por segundo. Não foi possível apurar se há relação entre este último ataque o ocorrido ao Livecoins hoje.
Os ataques teriam como objetivo não apenas derrubar o portal temporariamente como também intimidar a equipe de redação para que não publicasse mais textos sobre o golpe assim como requerer a retirada das devidas matérias do ar. 
Contudo, mesmo que o portal faça isso, no google, ao digitar o nome da empresa, as primeiras informações retornadas pelo buscador são sobre o golpe e o atraso nos saques.
Conforme apurou o Cointelegraph, a pirâmide financeira que seria responsável pelo ataque seria a 'recriação' de um outro golpe, também em Brasília que teria impactado milhares de pessoas por meio de uma criptomoeda falsa que não tinha qualquer valor. Tanto o antigo golpe como o novo chegaram a participar de importantes eventos de Bitcoin no Brasil, como a Bitconf buscando angariar novos usuários e passar credibilidade.
Em 2019 praticamente todos os portais de notícias do Brasil que abordam criptomoedas foram alvo de intimidações. Na Justiça há processos abertos por pessoas que se sentiram lesadas por reportagems publicadas pelo Cointelegraph, pelo Portal do Bitcoin e por outros portais nacionais. Em casos extremos jornalistas chegaram a receber mensagens com ameaças que pediam a retirada das reportagens.
Os casos foram reportados as duas associações de criptomoedas do Brasil que publicaram uma nota de repúdio a época. Uma das empresas, que afirmava ser a maior do mundo e que as matérias que denunciam sua situação financeira eram fake news, teve um pedido de recuperação judicial aprovado em 27 de novembro pela justiça.
Conforme noticiou o Cointelegraph, uma outra pirâmide financeira, a Plustoken, que vem sendo apontada como o maior golpe da história das criptomoedas, estaria liquidando cerca de 1.300 Bitcoins por dia e esta venda massiva estaria impedindo o Bitcoin de ganhar tração e alcançar novos patamares de preço.
Fonte: br.cointelegraph.com

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